domingo, 30 de janeiro de 2011

À minha avó, aniversariante


Avó, estas palavras são para ti. São palavras limpas, enxaguadas pela água mais pura: aquela que escorre do coração. São palavras que escrevo sem preocupações, sem procurar que pareçam bonitas. Preocupa-me que te soem verdadeiras e que te alcancem mais que os teus ouvidos. Preocupa-me que te alcancem a alma, para que saibas que nasceram algures num recôndito da minha. E a primeira palavra que me ocorre é uma muito simples: obrigado. Obrigado é a palavra que melhor se encaixa em ti. É aquela palavra que todas as pessoas que te estão à tua volta te deveriam dizer. Porque tu existes para que os outros te agradeçam a tua existência. Aquilo que, o grande coração que tu tens, te leva a fazer, é algo indescritível. E nenhuma palavra, por mais completa, pode adjectivá-lo fielmente.
Não te vou chamar perfeita, querida avó. Isso seria mentir-te. Aproveito para te dizer o que acho. Eu acho que tu és muito teimosa. Teimosa talvez seja pouco. Tu és casmurra. Sim é isso. E como és casmurra, às vezes és chata. E isso torna-te imperfeita. Mas, no fundo, não encontro muito mais que te possa apontar. Acho que esse é, provavelmente, o teu único e grande defeito, o suficiente para fazer de ti um verdadeiro ser humano. Mas, o que te torna diferente dos outros seres humanos é aquilo que, para mim, é o maior dom que alguém pode ter: o dom do dar.
Por muitos anos que possa viver, não serão nunca suficientes para te poder retribuir aquilo que tu já me deste até hoje. És, sem qualquer dúvida, a melhor avó à face da terra.
Parabéns Maria da Saúde. Amo-te.

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